Black Friday no Brasil, ofertas ou dor de cabeça?
Hoje é o dia da Black Friday no Brasil. Mas afinal, o que é Black Friday? Onde surgiu? No Brasil, ela vale a pena? As ofertas são reais ou não?
Nos Estados Unidos, a Black Friday acontece sempre no dia seguinte ao Thanksgiving, que é o Dia de Ação de Graças comemorado neste país, e que marca o início da temporada de compras para o natal. Esta tradição de consumo que era estritamente dos Estados Unidos passou nos últimos anos a ser copiado por outros países buscando uma explosão de vendas, inclusive o Brasil.
Durante as 24 horas da Black Friday, as lojas de varejo oferecem descontos especiais para aquecer as vendas, e a correria e a disputa pelos produtos é muito grande.
Para o nome Black Friday, existem duas explicações, a primeira diz que o termo surgiu nos anos 60 na Filadélfia, e se referia ao trânsito pesado do dia seguinte ao Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), já a outra explicação, está relacionada à cor. O Black, nos Estados Unidos, seria equivalente ao nosso “estar no azul”, significando que neste dia, as lojas “saem do vermelho”, voltando a ter lucro.
Durante toda a semana, esse assunto foi um dos mais comentados no Brasil, principalmente nos meios de comunicação, onde estes comentários eram mais negativos do que positivos. Pois é, a Black Friday mal chegou ao Brasil, pois seu primeiro ano foi em 2010, indo agora para a 4ª. edição, e já está causando polêmica, muitas lojas foram notificadas pelo PROCON nas edições anteriores por “maquiarem” seus descontos.
Mesmo tendo deixado muito a desejar nas últimas edições, a versão brasileira do Black Friday ainda traz aos consumidores a esperança de fazer bons negócios, com descontos de fato reais. A partir da 0 hora desta sexta-feira, dia 29/11/13, mais de 100 lojas brasileiras anunciarão megapromoções pelo período de 24 horas, embora algumas lojas já anunciaram estender um pouco este prazo, como também outras começaram antes do anunciado.
A revista americana Forbes causou uma grande polêmica ao avaliar em artigo, a tradição importada dos Estados Unidos para o Brasil como uma oportunidade de lojistas aplicarem certos golpes em compradores compulsivos, felizes por participarem de uma tradição americana que, segundo o articulista Kenneth Rapoza, “é tão estranha para eles como a lua”. Para o artigo, “se nos EUA a Black Friday é conhecida como o dia dos descontos, no Brasil ela virá a ser conhecida como o dia da fraude.
Para o autor do artigo, se o Brasil fizesse a Black Friday de maneira correta, como é feito nos Estados Unidos, “haveria pessoas acampando em frente ao Shopping Pátio Higienópolis, em um bairro nobre de São Paulo, na noite de quinta-feira, ou ao menos grudados na porta de uma rede como a Fnac à 1h da manhã, porque nos Estados Unidos, a tradição é ver filas de consumidores acampados em frente a grandes redes varejistas à procura de eletroeletrônicos”.
Já por outro lado, a Fundação Procon-SP atualizou na última quinta-feira (21) a sua lista de sites não recomendados para as compras, esta lista totaliza agora 325 lojas que devem ser evitadas pelos usuários que costumam adquirir produtos on-line. Como já é de costume, a lista apresenta, além do nome da loja virtual, o endereço eletrônico, a razão social e número do CNPJ ou CPF do dono da página. Também há informações sobre se o site está em operação ou inativo. Vale lembrar que, mesmo com a situação da página descrita, pode ser que ela esteja atualmente fora do ar em virtude de outros problemas operacionais.
De acordo ainda com o Procon, os endereços eletrônicos são adicionados à lista porque tiveram reclamações de clientes registradas, foram notificados e não responderam ou não foram encontrados, por isso, toda a atenção pouco.
Além desta lista, que é atualizada regularmente pelo Procon, a Fundação aproveitou a chegada da Black Friday (dia 29 de novembro) para dar algumas dicas aos usuários que optarão por realizar compras on-line, para aproveitar as promoções da data, como segue abaixo:
– Verifique os preços cobrados antes do dia marcado para o evento. Isso pode ser feito por meio dos sites das empresas que participarão da Black Friday e de outros fornecedores, inclusive na data da liquidação. Assim, evita-se o risco de cair na armadilha de promoções que não são tão vantajosas como o anunciado;
– leia a política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados;
– veja a descrição do produto, compare-o com outras marcas e certifique-se de que ele supre suas necessidades;
– imprima e/ou salve todos os documentos (telas) que demonstrem a compra e confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.).
O PROCON ainda ressalta que, o fato de ser uma promoção, não elimina os direitos do consumidor. Qualquer dúvida consulte o PROCON, não faça nada no escuro.
Infelizmente, mais uma vez é citado o desrespeito ao cliente, só que desta vez, virou motivo de piada até no exterior.
Será que um dia agiremos 100% de forma correta? Você aprova a Black Friday Brasil? Você já foi vítima da Black Friday?
Um grande abraço a todos!
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