URGENTE! Qualidade do Atendimento Piora no Brasil

Urgente

Uma pesquisa realizada com 200 empresas de todos os setores da economia e levada ao ar pelo Jornal Nacional (dia 28/05/14) traz um alerta para as autoridades responsáveis pela defesa dos consumidores e para os próprios consumidores.

A pesquisa mostrou uma queda significativa na qualidade do atendimento mesmo com os avanços da legislação. Para nós, que estamos alertando isso em nosso blog desde o ano passado, não foi surpresa.

Por mais tecnologia que exista para se contatar as empresas, o telefone, ainda continua sendo o principal meio de acesso as mesmas, principalmente no quesito reclamação. Porém, o tempo médio de espera aumentou 32,5% em relação ao ano passado (2013). Nesta pesquisa que já é realizada a quinze anos, o atendimento é testado na prática por vários consumidores ocultos, nela são registrados dados como tentativas até conseguir contato, tempo de espera e preparo dos atendentes, e o resultado só tem piorado.

O resultado da pesquisa mostrou que apenas 53% das empresas atenderam o consumidor dentro dos limites máximo estabelecidos, contra 62% de 2013 e 90% em 2010.

Nos casos de consultas feitas através de e-mail, 44% das empresas não responderam. Segundo Roberto Meir, coordenador da pesquisa, “as empresas olham para o lado e perguntam: Quem está fazendo melhor que eu? Estou na média? Então continuo tocando. Só que o consumidor começa a manifestar a sua insatisfação”.

A pesquisa também mostrou que as empresas investem muito mais nos processos de venda do que em atendimento ao consumidor, disse o Diretor do PROCON de São Paulo Paulo Goes, ele afirmou ainda, que são dois mundos. “Um mundo que o consumidor vive onde as coisas funcionam razoavelmente bem, que é o mundo da venda, e o outro, é o mundo do pós venda, aqui, o consumidor pena para conseguir um atendimento digno e de qualidade”.

Com toda esta situação crítica, o que fazer? Qual a solução?

Como já temos falado aqui a muito tempo, é preciso ter uma  mudança de postura das empresas. Enquanto as empresas continuarem a olhar para as Centrais de Atendimento como um departamento de custo e não receita, vão continuar os treinamento precários, as contratações fracas (meia boca), os funcionários pouco comprometidos e desmotivados, levando aos atendimentos sofríveis, sem solução, sem responsabilidade e respeito com o cliente.

Contrário a opinião de algumas pessoas, na minha opinião os Call Centers foi uma das grande invenções, de solução rápida e prático, mas infelizmente não é utilizado desta forma, criando esta imagem ruim. O processo Call Center é muito bom, pessoas e empresas que administram os Call Centers é que não sabem fazer este uso.

A pesquisa não pode ser ignorada e tem que ser usada para melhorias, tanto para as empresas como para os órgãos de defesa do consumidor. Precisamos mudar, ir ao ataque, mudar o código de defesa do consumidor, trazer para os dias de hoje. Os órgãos de defesa do consumidor e a justiça, precisam ser mais rápidos, fazer valer as leis, punir as empresas inimigas do cliente.

Somente com tudo isso que falamos aqui e mais outros ajustes aqui e ali, é que vamos de fato melhorar o atendimento ao cliente, e fazê-lo virar o serviço que de fato os clientes esperam e merecem, afinal pagam por isso, e pagam muito bem, diga-se de passagem.

Em qual parte da pesquisa a sua empresa se encaixa? Suas atitudes e pensamentos se encaixam em qual parte da pesquisa? Você concorda com os resultados da pesquisa? Você também concorda que o atendimento tem piorado?

Um grande abraço a todos!

Author: carlospires

Profissional graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário da FEI e Pós Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Experiência de 28 anos em atendimento ao cliente, sendo 21 anos em cargos de liderança, com forte atuação na Gestão dos Indicadores de Performance, Back-Office, Monitoria, SAC e Cobrança, atuando em empresas nacionais e multinacionais do segmento de call center e administração de cartão de crédito . Atuação junto aos segmentos varejistas em grandes lojistas. Responsável pela gestão de pessoas, processos e clientes, atuando em áreas operacionais e comerciais, com orientação para resultado. Conhecimento na gestão e implantação de Contact Center e Comercial Pós Venda, atuando no desenvolvimento de projetos, revisões de scripts operacionais, dimensionamento, implantações de novos clientes e produtos, liderando projetos de eficiência operacional, obtendo ótimos resultados em redução de despesas. Experiência em gestão e gerenciamento de crises nas redes sociais. Planejamento e preparação de treinamentos de atendimento, liderança, gestão e produtos. Ministrou e ministra diversos treinamentos referente aos temas acima citados. Participação na implantação e validação no processo da ISO 9000/9001. Palestrante no CRA-SP – A importância do atendimento ao cliente.

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1 Comment

  1. Apesar da validade da pesquisa, existem aspectos de base, não citados, que fazem a grande diferença na imagem do atendimento. Em minha opinião, primeiramente há o histórico do setor. Relativamente é um mercado novo, de posicionamento difícil e de vultosos investimentos. Segundo, a falta do marco regulatório da categoria ameaçado pelo governo, apesar de ser uma atividade com alta relevância no setor social, proporcionando o primeiro emprego ao jovem, etc. Em terceiro mas tão relevante quanto os dois primeiros, o achatamento dos valores proporcionado pelo contratante. Por mais esforço que exista das empresas em atender e resolver “o outro lado da linha”, com 3 pilares em estado de corrosão, ou seja, alto investimento na atividade – infra e TI, falta do marco regulatório e apoio duvidoso do governo, não haverá estrutura sustentável para manter os níveis adequados de retençao desse cliente. Algo deve ser feito antes que haja a extinção do setor. Um reinvenção? Talvez!!!

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