Quais os principais “pecados” cometidos no atendimento ao cliente?

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Devido ao aumento das reclamações dos serviços de atendimento ao cliente, onde muitas reclamações não são solucionadas, foram realizadas pesquisas junto aos clientes, com o intuito de saber quais são os principais “pecados” cometidos pelos atendentes.

Selecionamos abaixo, os 5 “pecados” mais votados para analisarmos em nosso blog e discutirmos as soluções e as ações necessárias.

O primeiro destes “pecados” é a má vontade no atendimento. Segundo os clientes pesquisados, os atendentes não se envolvem no problema para buscar uma solução, tudo é difícil e nada pode, além de não ser dada uma resposta sobre o porque dos problemas e o porque da demora para uma solução ou até mesmo não ser dada a solução. A solução para este problema é ter na sua equipe atendentes e líderes bem preparados, que gostem do que estão fazendo, gostem de gente, tenha senso de urgência e verdadeira obstinação por resolver problemas. Para isso, é necessário um processo seletivo muito bem feito, com perfil bem definido, um processo rígido de monitoria e feedback e uma forte programação de treinamento.

O segundo destes “pecados”, foi a frieza, ou seja, os atendentes não se colocam no lugar do cliente (empatia), não se comprometem com a solução e nem com a situação de cliente. A solução para este tipo de situação é também levantada no processo seletivo, onde as entrevistas e dinâmicas de grupo, devem ser direcionadas a descobrir quem são as pessoas que tem este tipo de perfil.

O terceiro “pecado” refere-se a apatia, os atendentes tem receio de atender os clientes, de passar algum tipo de informação ou de se comprometer com algum tipo de solução e/ou problema. Nesta situação fica clara a falta de treinamento e acompanhamento, que acaba deixando inseguro o profissional. Infelizmente, muitos atendentes acabam indo para o atendimento sem treinamento, ou com apenas um treinamento básico. A única solução é também uma forte programação de treinamento bem direcionada com acompanhamento e avaliação, fazendo com que o atendente vá para o atendimento somente quando estiver totalmente seguro e preparado.

O quarto “pecado” lembrado é o robotismo, ou seja, não adianta ficar repetindo para o cliente a mesma coisas por várias vezes se ele não estiver entendendo. Para isso não acontecer, o atendente precisa ter uma ótima percepção, jogo de cintura, ser pró ativo e estar munido de todas as informações necessárias, e isto, só se consegue também através do processo seletivo, treinamento e acompanhamento.

O quinto e último “pecado” mais lembrado, é o famoso jogo de responsabilidade (jogo de empurra), quem já não recebeu uma resposta como: isso não é comigo, a culpa não é minha, quem errou foi o fulano. Pois é, isso tudo mostra falta de direcionamento, de sensibilidade, de responsabilidade, de treinamento e de comprometimento. O cliente não quer saber de quem é a culpa, ele quer solução.

Analisando tudo isso que nos foi colocado, só podemos reafirmar que, processo seletivo, treinamentos, monitoria e feedback, não são custos, são sim, investimentos necessários para a afirmação e crescimento de qualquer empresa, dentro de um mercado cada vez mais sensível ao bom atendimento.

Author: carlospires

Profissional graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário da FEI e Pós Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Experiência de 28 anos em atendimento ao cliente, sendo 21 anos em cargos de liderança, com forte atuação na Gestão dos Indicadores de Performance, Back-Office, Monitoria, SAC e Cobrança, atuando em empresas nacionais e multinacionais do segmento de call center e administração de cartão de crédito . Atuação junto aos segmentos varejistas em grandes lojistas. Responsável pela gestão de pessoas, processos e clientes, atuando em áreas operacionais e comerciais, com orientação para resultado. Conhecimento na gestão e implantação de Contact Center e Comercial Pós Venda, atuando no desenvolvimento de projetos, revisões de scripts operacionais, dimensionamento, implantações de novos clientes e produtos, liderando projetos de eficiência operacional, obtendo ótimos resultados em redução de despesas. Experiência em gestão e gerenciamento de crises nas redes sociais. Planejamento e preparação de treinamentos de atendimento, liderança, gestão e produtos. Ministrou e ministra diversos treinamentos referente aos temas acima citados. Participação na implantação e validação no processo da ISO 9000/9001. Palestrante no CRA-SP – A importância do atendimento ao cliente.

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3 Comments

  1. Carlos, bom dia!

    Por muitos anos trabalhei em uma central de atendimento, além de ter sido supervisor de atendimento e monitor de qualidade.

    Gostaria de dizer que gostei muito do seu texto, principalmente pelo fato de escrever os pontos negativos e explica-los.

    Sobre essas críticas, por 3 anos fui um dos guerreiros que tentou vencer essa guerra, porém as cobranças de Tempo de Atendimento, Tempo de Espera e outros faz com que os atendentes percam o ânimo e a vontade.

    Posso dizer que a 90% dos operadores já são desmotivados e apáticos por natureza, uns citam os mínimos salários e outros citam a exaustão.

    Realmente enquanto nós esperamos 20 minutos para sermos atendidos, os operadores já atenderam uns 15 clientes cada um nesse espaço de tempo.

    Para solucionar esse caso podemos pensar em 2 opções: Aumentar o salário para motivação ou qualificação de pessoal ou aumentar a quantidade de atendentes para diminuir o excesso de trabalho.

    Mesmo com projetos, treinamento, monitoria, essas funções só desanimam o pessoal, por isso precisamos ser realistas e enxergar a solução de frente ou teremos mais 15 anos do mesmo problema.

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    • Daniel, boa tarde!
      Muito oportuno seus comentários e agradeço por trazer mais qualidade ao nosso blog, que na verdade o considero como um grande fórum de ideias e discussões que tem o objetivo de melhorar a gestão, o atendimento e a educação em nosso país. Concordo com tudo que você colocou. O fato do TMA/O (Tempo médio de atendimento ou tempo médio do operador), é um tema muito discutível, eu sempre optei pela qualidade de atendimento e não pela velocidade de atendimento, acredito que se o atendente for desenvolvido e ter em mãos as informações necessárias, os atendimentos se tornarão mais rápidos, mais o fato deles serem somente rápidos, não vai ter na maioria qualidade, fazendo o cliente ligar novamente, ou pior ainda, passar sérios constrangimentos. Referente as suas duas opções também concordo, peço então para você dar uma lida no meu texto do dia 05/06/13, com o título: Call Centers, a eterna reclamação da demora! Lá falo destes temas também. Muito obrigado pela participação e espero tê-lo aqui por mais vezes. Um grande abraço.

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