O aumento dos pedidos de demissão

Tchau

O aquecimento do mercado de trabalho nos últimos dez anos levou um número maior de trabalhadores a tomar a iniciativa de pedir dispensa do emprego e elevou a participação da chamada “demissão a pedido” nas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. De 2002 para 2012, o número de pessoas que pediram demissão em busca de melhores condições de trabalho e salários mais que triplicou, saltando de 1,617 milhão para 5,693 milhões.

No ano passado, 19,1 milhões de pessoas se desligaram do emprego formal – seja por demissão, com ou sem justa causa, a pedido, por aposentadoria ou encerramento de contrato. A participação da demissão a pedido no total foi de 29,7%, só inferior às demissões sem justa causa (54,4%). Em 2002, o desligamento a pedido representava 17,93% do total e a modalidade sem justa causa, 80,45%. A troca de emprego é mais concentrada entre os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos.

Esta mudança bastante significativa no mercado de trabalho trouxe às empresas um grande desafio, ou seja, encarar uma política real de retenção.

Muitas empresas têm suas políticas de retenção, mas de uma forma tímida, porém, agora precisa ser arrojada, pois perder excelentes funcionários traz um prejuízo muito maior para estas empresas, afinal achar colaboradores diferenciados está cada vez mais difícil.

As empresas que conseguirem formar e reter os seus talentos, estará bem a frente no mercado, tendo consecutivamente as maiores receitas, os melhores ambientes e a satisfação em alta.

Mas, apesar da expansão significativa nos últimos anos, os dados sobre as demissões a pedido não estão nos cálculos da taxa de rotatividade da mão de obra.

Segundo informações do Ministério do Trabalho, a taxa de rotatividade “descontada” atingiu a marca de 37,4% em 2012 – ou seja, esse foi o percentual de vagas no mercado de trabalho em que houve substituição de trabalhadores. Se a demissão a pedido fosse incluída, esse número seria um pouco maior. Há dez anos era de 33,9%.

Este é outro fator importantíssimo para as empresas, ter acesso a números reais, pois desta forma irão se preparar melhor e se antecipar às mudanças do mercado de trabalho, mas infelizmente nem sempre os números estão completos, isso, quando não são divulgados depois de muito tempo, atrasando as medidas das empresas.

Mas estes números, fornecido pelo jornal Valor Econômico, só reforça o quanto o mercado de trabalho está mudando e se tornando cada vez mais competitivo em todos os sentidos, exigindo um melhor preparo para todos os profissionais envolvidos nesta “guerra” chamada concorrência. Quem é bom está sendo muito valorizado, o mais ou menos não tem vez.

Você também pensa em pedir demissão? Muitas pessoas da sua empresa pediram demissão ultimamente? O mercado está de fato valorizando o bom profissional? Você trocaria sua empresa por outra se recebesse uma boa proposta?

Um grande abraço a todos!

Fonte Jornal Valor Econômico

Author: carlospires

Profissional graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário da FEI e Pós Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Experiência de 28 anos em atendimento ao cliente, sendo 21 anos em cargos de liderança, com forte atuação na Gestão dos Indicadores de Performance, Back-Office, Monitoria, SAC e Cobrança, atuando em empresas nacionais e multinacionais do segmento de call center e administração de cartão de crédito . Atuação junto aos segmentos varejistas em grandes lojistas. Responsável pela gestão de pessoas, processos e clientes, atuando em áreas operacionais e comerciais, com orientação para resultado. Conhecimento na gestão e implantação de Contact Center e Comercial Pós Venda, atuando no desenvolvimento de projetos, revisões de scripts operacionais, dimensionamento, implantações de novos clientes e produtos, liderando projetos de eficiência operacional, obtendo ótimos resultados em redução de despesas. Experiência em gestão e gerenciamento de crises nas redes sociais. Planejamento e preparação de treinamentos de atendimento, liderança, gestão e produtos. Ministrou e ministra diversos treinamentos referente aos temas acima citados. Participação na implantação e validação no processo da ISO 9000/9001. Palestrante no CRA-SP – A importância do atendimento ao cliente.

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