Nelson Mandela, o adeus de um grande líder!
Hoje o mundo amanheceu mais triste e mais fraco, pois perdemos um dos maiores líderes que este mundo já teve, o líder sul-africano Nelson Mandela morreu ontem (05/12/13) aos 95 anos em sua residência localizada em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1 de setembro, após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar. Nelson Mandela, ex-presidente africano vivia em Johannesburgo com a mulher Graça Machel, viúva de Samora Machel (1933-1986), ex-presidente moçambicano.
Mandela foi o maior símbolo de combate ao regime de segregação racial conhecido como apartheid, que foi oficializado em 1948 na África do Sul e negava aos negros, que é a maioria da população, mestiços e asiáticos que é uma expressiva colônia de imigrantes, direitos políticos, sociais e econômicos.
A luta contra a discriminação na África do Sul, levou Nelson Mandela a ficar preso por 27 anos acusado de traição, sabotagem e conspiração contra o governo em 1963. Condenado à prisão perpétua, Mandela foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, aos 72 anos. Durante sua saída, o líder foi ovacionado por uma multidão que o aguardava do lado de fora do presídio.
Um ano após sua saída da prisão, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, após a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais no país. Sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na nação africana, foi um marco não só na história da África do Sul, mas também do mundo.
Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi a realização da Copa Mundial de Rúgbi, em 1995, no país. O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros, por representar o governo dos brancos.
Nos dois anos seguintes, foram concluídos o processo de transição e a Constituição definitiva. Entre os anos de 1996 e 1998, o arcebispo Desmond Tutu liderou a Comissão de Verdade e Reconciliação para apurar todos os crimes cometidos durante o apartheid, além disso foram abertos processos judiciais para pagamentos de indenizações às vítimas do regime.
Mandela deixou a presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para diminuir os casos de Aids na África do Sul, emprestando seu prestígio para arrecadar fundos para o combate à doença.
Em 2004, aos 85 anos, ele anunciou que se retiraria da vida pública para passar mais tempo com a família e os amigos. Já aos 92 anos, o líder sul-africano dificilmente participava de qualquer tipo de evento, devido à saúde frágil.
Durante a Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, Mandela compareceu apenas ao encerramento da Copa, devido à morte de sua bisneta Zenani Mandela, em um acidente de carro logo depois da festa de abertura.
Nelson Mandela era filho do conselheiro do chefe máximo do vilarejo de Qunu, localizado na atual província do Cabo Oriental, onde nasceu no dia 18 de julho de 1918. Aos sete anos, tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês “Nelson”. Aos 16 anos, seguiu para o Instituto Clarkebury, na mesma província, onde teve contato com a cultura ocidental pela primeira vez.
Ele então ingressou na faculdade de Direito da Universidade de Fort Hare, no município de Alice. Já no primeiro ano de curso, Mandela se envolveu com o movimento estudantil e com o boicote às políticas universitárias. Tal atitude resultou em sua expulsão da instituição no segundo ano, mas ali ele iniciou sua militância.
A partir de então, mudou-se para Johannesburgo e envolveu-se na oposição ao regime do apartheid onde começou a fazer parte do partido negro CNA (Congresso Nacional Africano, fundado em 1912) em 1942 e, em 1944, criou a Liga Juvenil do partido, com o manifesto “um homem, um voto”.
Depois da eleição de 1948, que deu vitória aos afrikaners do Partido Nacional, apoiadores da política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA. Ele participou do Congresso do Povo, em 1955, que divulgou a Carta da Liberdade, documento que continha um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Comprometido de início apenas com atos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, ocorrido em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Em 1961, fundou a ala armada do CNA – Umkhonto we Sizwe (a Lança da Nação) – para combater a discriminação do apartheid.
Em seu discurso de posse como presidente eleito da África do Sul em 1994, Mandela disse: “Nós enfim atingimos nossa emancipação política. Nunca, nunca e nunca de novo deixemos que essa linda terra experimente a opressão de um pelo outro”.
Segundo Martin Kalunga-Banda, consultor especial do Presidente da República da Zâmbia, ligado à Universidade de Cambridge e à Universidade da Zâmbia, autor do livro “Leading like Madiba” (Liderar como Madiba), ele destaca 10 princípios para conseguir liderar como Nelson Mandela, expondo todo o legado deixado por este grande líder, são eles: 1- Cultivar um sentimento de admiração profundo pelos seres humanos. 2- Deixar-se inspirar pelos dons das outras pessoas. 3- Aumentar a coragem. 4- Ir e pregar o evangelho, quando necessário, utilizar as palavras. 5- Criar uma marca própria de liderança. 6- Praticar a humildade. 7- Aprender a viver com o paradoxo Madiba. 8- Surpreender os concorrentes ao acreditar neles. 9- Celebrar a vida. 10- Saber como e quando deve ser substituído.
Espero que ele tenha deixado vários seguidores, pois o mundo vai precisar muito destes líderes seguidores de Nelson Mandela, mesmo porque ele foi um exemplo de vida, de dedicação, de respeito, de motivação, enfim em grande exemplo de LÍDER.
Você segue algum princípio deste grande líder? Acompanhou sua história? Tem muito a aprender com ele? Acha que ele foi de fato um grande líder mundial, daqueles que jamais teremos igual?
Referência: portal uol
Um grande abraço a todos!
7 de dezembro de 2013
Ele é um exemplo a ser seguido