ESG, o Diferencial que virou Obrigação
O ESG é uma sigla em inglês para environmental, social and governance, traduzindo para a nossa língua significa, ambiental, social e governança. Esta sigla surgiu pela primeira vez em 2004, dentro de um grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment, conhecido também pela sigla (PRI), que é uma rede ligada à ONU, onde o objetivo é convencer investidores sobre a importância de realizar investimentos sustentáveis.
O ESG está diretamente relacionado à mensuração da performance de uma organização nas questões ambientais, sociais, de transparência e eficiência. Podemos dizer que ESG está ligado à sustentabilidade, pois, para que uma empresa seja sustentável, é preciso implementar ou melhorar suas práticas de ESG.
Sabemos hoje, que muitas empresas são maiores do que o PIB de vários países, e muitas empresas se relacionam com as pessoas diariamente ou até mesmo, várias vezes ao dia, dentro de suas casas. Desta forma, junto com o tamanho e importância dessas empresas, vêm também as responsabilidades. No passado as empresas viviam focadas no seu crescimento e no lucro que teriam, mas hoje, o papel dessas empresas na sociedade é muito mais amplo e necessário.
A grande verdade é que a agenda do ESG vem crescendo de uma forma muito rápida, pois não podemos mais perder tempo para resolver todos esses problemas que se tornaram cruciais não somente para a sobrevivência das empresas, mas das pessoas, e consecutivamente do mundo, desta forma, um dos principais motivos para este crescimento, é a urgência em combater as mudanças climáticas. Conforme informações das Nações Unidas, para limitar o aquecimento global em 1,5ºC, quando comparado aos níveis pré-industriais, as emissões de carbono devem ser reduzidas em 45%, até 2030, e chegar à zero até 2050. Mais de 70 países, que representam ao redor de 76% das emissões globais de carbono, já se comprometeram com metas net zero, ou carbono zero. Mas infelizmente, ainda temos alguns desses países que precisam de fato não só se comprometer, mas sim começar a realizar esses procedimentos.
Desta forma, é muito provável que tenhamos nos próximos anos novas regulações e, para este novo cenário, os maiores emissores terão que investir pesado em novos processos, onde terão o custo de neutralizar suas emissões, caso contrário, irão correr o risco de perder espaço para produtos, e processos que não geram poluentes, ou poluem muito pouco. No caso da regulação da emissão de carbono, isso causa impactos diferentes entre os setores, onde teremos riscos para uns, e oportunidades para outros.
Porém, não podemos esquecer algo fundamental, o carbono não é a única emergência ambiental, temos outros pontos importantes, como por exemplo, a restrição de recursos hídricos, perda da biodiversidade, gestão de resíduos, e etc., sendo assim, surge aí, a importância do setor privado entrar forte, e de forma responsável na agenda ambiental.
Além da questão ambiental, não podemos esquecer também do outro pilar do ESG, que não é menos importante que o primeiro, que são as questões sociais, pois nossas sociedades enfrentam sérios problemas.
Sendo assim, é fundamental que as empresas conheçam bem seus fornecedores, bem como suas práticas ambientais e sociais, mantenham um ambiente de trabalho saudável, com diversidade, remuneração justa, gerar oportunidades, além de investir no desenvolvimento, e dignidade de seus colaboradores, não deixar também de investir no desenvolvimento da comunidade na qual a empresa está inserida, pois isso gera impactos positivos. Existe ainda a necessidade de colocar sempre o cliente no centro das decisões, pois esta ação traz produtos e serviços de melhor qualidade, com inovação, causando uma experiência memorável e agradável aos clientes.
O outro pilar fundamental para que as empresas consigam gerar impacto ambiental e social de forma positiva, é a Governança, caso contrário será apenas uma promessa de papel e “de boca” que será engavetada e esquecida com o passar do tempo. Sem uma forte e comprometida Governança, a empresa pode não empregar os recursos da melhor forma possível, e dificilmente terá foco no longo prazo, além de não conseguir estabelecer e fazer-se respeitar as políticas, regras e normas.
Sendo assim, lembre-se, o mundo passa, e irá continuar passando por grandes transformações sociais e ambientais, desta forma, é fundamental adotar mudanças nessas áreas, que se mostram cada vez mais urgentes para a sociedade. Já nas empresas, o cenário é idêntico. Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana, Union + Webster, e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), demonstrou que esse movimento de consumo ficou evidente. Em 2019, quando a pesquisa foi realizada, a mesma apontou que 87% da população brasileira preferem comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis, e 70% dos entrevistados disseram que não se importam em pagar um pouco mais por isso. Acredito que hoje, em 2023, esse número deve ter subido ainda mais, pois não temos mais tempo, faça agora, faça já, ou não teremos o amanhã para tentar realizar algo.
Sua empresa já implementou o ESG? Se sim, como estão indo as coisas? Você percebeu as mudanças? Se ainda não implementou, tem um prazo? Fala-se sobre isso na sua empresa? Você, o que acha do ESG? Você contribui? Você como cidadão, faz sua parte ou acredita que este assunto não é tão grave como falamos? Pense bem e faça a sua parte, pois o futuro pode não chegar.
Um Grande Abraço a Todos!
Vamos em Frente!
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