Conflito de gerações
Temos ouvido falar muito sobre conflito de gerações, conflito este conhecido antes por ocorrer em escolas e dentro de casa, mas que de um tempo para cá o tal conflito de gerações invadiu as empresas, trazendo para as pessoas e para as empresas um grande desafio.
Temos atualmente dividindo o mercado e até o mesmo local de trabalho, quatro gerações. Estas gerações são conhecidas como Geração S (ou Silent Generation), Geração dos Baby Boomers, Geração X e Geração Y.
Vamos falar resumidamente de cada tipo de geração para entendermos um pouco do conceito das mesmas e saber como lidar com cada uma destas gerações.
A Geração S mantem o tempo em que os executivos trajavam terno escuro e camisa branca, suas secretárias usavam vestidos e saltos altos, costumavam datilografar, utilizar papel carbono, as famosas microfichas, não tem habilidade para a informática e nem gostam de computadores, são bem tradicionais, resistentes ao extremo às mudanças, sempre achando que o seu método é o correto.
A Geração dos Baby Boomers alavancou o status da mulher no mercado de trabalho, dando mais importância as mesmas, apoiando-as para cargos de liderança, mudou as noções tradicionais a respeito do papel dos membros da família, onde o homem não é mais o único responsável por colocar dinheiro em casa e assumir as responsabilidades, são profissionais mais flexíveis e que buscam mudanças, porém de uma forma segura, sem cometer “loucuras”.
A Geração X cresceu com o desenvolvimento da tecnologia, foi esta geração que começou a trazer e desfrutar dos primeiros lançamentos tecnológicos, trouxe também o conceito das roupas casuais (o famosos casual day), criou o horário de trabalho flexível, o trabalho em casa (o famoso home office), a forma descontraída durante o expediente, a geração que trouxe grandes mudanças e transformações que fazem hoje o mundo andar melhor.
Já a Geração Y, traz toda esta tecnologia bem mais desenvolvida e apurada para o nosso dia a dia e futuro, como se fosse sua segunda pele, geração que parece ter um chip conectado em sua pele, sua cabeça, seu coração, enfim, no seu corpo. O ambiente de trabalho desta geração é totalmente diferente daquele que a Geração S começou, é uma geração que é mais veloz, mas que as vezes atropela coisas importantes no processo por falta de experiência, que é o que falta para esta geração tão conectada, inteligente e rápida, a experiência.
Olhando para esta realidade das quatro gerações que predominam no mercado de trabalho, enxergamos como é grande o desafio dentro das empresas e o quanto os profissionais de Recursos Humanos e líderes de equipes são fundamentais neste processo de junção das gerações, evitando conflitos, ou pelo menos fazer com que estes conflitos sejam levados para o lado bom da coisa.
Durante muito tempo, o avanço na carreira era guiado por uma fórmula muito simples, idade = experiência = oportunidade de crescimento, já hoje em dia, pessoas mais antigas podem perfeitamente serem subordinadas a uma pessoa bem mais nova, e isso pode ser muito difícil para muitos destes profissionais.
Desta forma, se você jovem for ou é considerado novo demais para o cargo que ocupa, não entre em conflito, não faça ameaças e nem queira mostrar todo o seu poder para mostrar que você é quem manda. O importante é conquistar o respeito das pessoas, e isso se consegue com flexibilidade, integridade, racionalidade e sempre fazendo o que precisa ser feito, de forma clara e transparente. Esteja também sempre aberto a ouvir a voz da experiência, dessa forma você pode poupar tempo e esforços sabendo aproveitar uma situação ou documento do passado, aprendendo com problemas já ocorridos.
Se você jovem líder, tiver problemas com um funcionário mais velho, que claramente se recusa a se reportar à você, ou então fica fazendo piadas sobre sua idade pelos corredores, o chame imediatamente para uma conversa franca, leal, clara e transparente, se mesmo assim não resolver, passe o caso adiante, como para o Departamento de Recursos Humanos por exemplo, ou seja, tome medidas normais sobre má conduta no trabalho.
Para os mais antigos, pensem bem antes de dizer por exemplo: “Nós já tentamos isso há vários anos atrás e não deu certo” ou ainda “ Eu sei o que dá certo e o que não dá certo”, pois muitas coisas mudaram de lá para cá, não só os equipamentos, a forma de fazer, mas também as pessoas mudaram.
Devido a tudo isso que lemos aqui e muito mais coisas que não colocamos neste post e que acontecem, o respeito precisa predominar nas empresas entre líderes e subordinados e vice-versa, independentemente de gerações, pois a troca de ideias e conhecimento faz todos melhores pessoas e melhores profissionais.
Como diz uma citação do livro: Frases perfeitas para motivar e recompensar dos autores Harriet Diamond e Linda Diamond, “Se você acredita que profissionais mais jovens não sabem respeitar os mais experientes, para e pense o quanto você mesmo respeita as novas ideias. Se você acredita que funcionários mais velhos não respeitam novas ideias, pare para refletir o quanto você mesmo respeita a experiência”.
Você se enquadra em quais destas gerações? Você respeita todas? Você acredita nesta junção? Acha importante?
Um grande abraço a todos.
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