Gestão esportiva, o futebol!
O futebol no Brasil começou como algo apenas praticado pela elite branca. Dizem que a primeira bola de futebol do pais foi trazida em 1894 por Charles William Miller. A aristocracia dominava as ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. Somente na década de 1920, os negros passaram a ser aceitos, justamente no momento em que o futebol se massifica.
Durante os governos, principalmente no de Getúlio Vargas, foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil realizada em 1950, por exemplo, foram na era de Getúlio Vargas. A vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, o mestiço Garrincha e pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.
O Primeiro jogo Internacional da História do Futebol foi entre Escócia x Inglaterra, realizado em 30 de novembro de 1872 em Glasgow na Escócia e terminou com ao placar de 0 x 0, para um público presente de 3.500 pessoas. Já no Brasil, o primeiro jogo de futebol foi entre Funcionários da Companhia de Gás x Cia Ferroviária São Paulo Railway, realizada dia 14 ou 15 de abril de 1895 (a data não é precisa), as duas equipes eram formadas por ingleses radicados em São Paulo.
De lá para cá, muita, mas muita coisa aconteceu, e o futebol se transformou no esporte mais popular e porque não dizer o mais caro do mundo, até chegar aos dias de hoje, onde jogadores são comercializados por uma verdadeira fortuna, clubes muito valiosos, campeonatos expressivos e milionários, como os campeonatos espanhol, inglês, italiano e recentemente o futebol francês, sem falar no mundo árabe, que fazem propostas irrecusáveis a treinadores e jogadores, o futebol asiático, principalmente com o Japão também se transformou em um mercado atrativo.
Mas e aqui no Brasil, considerado o país do futebol? Como andam as coisas? Por que os melhores jogadores não estão aqui?
Vejo o futebol como uma grande forma de entretenimento, um lazer espetacular, mas que infelizmente não é valorizado pelos dirigentes, que não conseguem realizar grandes campeonatos, pois falta um detalhe que faz toda a diferença, ORGANIZAÇÃO.
Para um esporte que é considerado como o “único” esporte profissional no país, o futebol deixa muito a desejar, perdendo de longe para o vôlei no quesito organização.
Campeonatos que começam, e por não terem regulamentos claros, pairam dúvidas no final, exatamente como estamos acompanhando agora o caso da queda do Fluminense, da Portuguesa ou até mesmo do Flamengo, tudo porque as coisas não ficam claras, existem muitas brechas nos regulamentos exatamente para favorecer a alguns interesses ocultos, sem falar na demora para se julgar as situações ocorridas, se neste caso o regulamento fosse claro e tivesse sido julgado na época, nada disso estaria acontecendo.
Existe também a má administração dos clubes, onde estão sempre no prejuízo, fecham no vermelho, não pagam salários, contratam jogadores de cifras elevadas para o padrão do clube, trazendo mais problemas e não solução, treinadores que são dispensados a todo o momento, gerando multas milionárias que também acabam onerando os clubes, para se ter ideia, tem clubes pagando acordo com técnicos e/ou jogadores que já saíram do clube a anos.
Justamente no Brasil, que possui vários administradores de alto nível, o futebol paga o preço de ter no seu negócio poucos profissionais gabaritados para transformar de fato o futebol em algo rentável para os clubes, organizado e que traga ao público o conforto que de fato ele merece, mesmo porque, o ingresso para assistir a um jogo de futebol é caríssimo, em comparação ao que se recebe.
Infelizmente ainda no Brasil, o futebol na sua grande maioria é amador, administrado 100% pela emoção, onde valem a vaidade e a soberba, que vão além do interesse dos clubes.
Temos também o sério problema da violência, que acontece a anos e nada de solução acontece, muito se fala, mas quase nada prático acontece, punem os clubes, mas não punem quem cria a violência, neste último episódio triste ocorrido em Joinville, na partida entre Atlético Paranaense x Vasco, tinham pessoas envolvidas que já tinham participado de outras brigas e estavam lá novamente, se tivessem de fato leis rígidas que tirassem estas pessoas não só dos estádios, mas também das ruas, já tínhamos quase que acabado com estes tristes problemas, mas infelizmente as soluções são paliativas, na hora é um agito enorme, mas com o tempo, as coisas esfriam e nada acontece. Claro que os clubes devem ser investigados também, pois se houver algum envolvimento, devem ser punidos, mas de uma forma severa e exemplar, chagando inclusive, a prender os dirigentes envolvidos.
O futebol para ser profissional de fato, e ser um esporte quase perfeito, que gere alegria, diversão, conforto, prazer e lucro, precisa renovar toda a sua gestão, ter pessoas do meio, pessoas com conhecimento do negócio, com conhecimento de gestão, não um torcedor disfarçado de dirigente, mas um dirigente disfarçado de torcedor. O nosso futebol administrado por verdadeiros profissionais, como ocorre com alguns clubes no mundo, seria sem dúvida o mais rentável, o mais belo, o de melhor qualidade e o que todos gostariam de assistir, casa cheia todo dia.
Você gosta de futebol? Acha o futebol um ótimo entretenimento? Você conseguiria gerir bem um clube de futebol? Acha que o futebol é um exemplo de determinação, dedicação, disciplina e que pode tirar muitas pessoas do caminho errado?
Um grande abraço a todos!
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