Aposentado, basta de descaso, hora de soluções

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Infelizmente no Brasil, os aposentados não são valorizados em nenhum aspecto, nem pelo conhecimento, nem pelo lado financeiro e até mesmo como cidadãos, faltam respeito, solidariedade e dignidade. Têm direito à aposentadoria os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco anos a menos, ou seja, a partir dos 60 anos, homens, e a partir dos 55 anos, mulheres.

Mas na prática, a realidade é bem diferente, a partir dos 40 anos o mercado de trabalho já fica escasso, fazendo com que muitas pessoas comecem a buscar cedo a aposentadoria através do tempo de contribuição, que poder ser integral, onde o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos, ou proporcional, onde o trabalhador tem que combinar dois requisitos: tempo de contribuição e idade mínima. Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuição. As mulheres têm direito à proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuição, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuição.

Finalmente, ao se conseguir a aposentadoria, começa outra série de problemas, benefícios com valores baixos, aumentos raros, e quando ocorrem, são percentuais pouco expressivos, sistema de saúde totalmente precário, sem o mínimo de conforto, respeito e bem-estar, faltam médicos, estrutura e medicamentos.

São poucas as pessoas que gozam de uma aposentadoria tranquila, podendo ter acesso a lazer, bons hospitais, ter uma boa alimentação. Isso ocorre, apenas com um grupo muito pequeno de aposentados, ou aposentados que tem familiares em boa situação financeira e custeiam praticamente tudo.

Colocando tudo isso, podemos ter uma noção e enxergar, o quanto em nosso país, o (a) aposentado(a), aquele(a) que dedicou uma grande parte da sua vida a prestar o melhor serviço ao país, as empresas e as pessoas, que contribuiu para o crescimento econômico e financeiro de um país, que criou os filhos com muita luta e determinação, são marginalizados(as) e esquecidos(as) com o passar do tempo, sendo tratados com total displicência e descaso, por empresas, pessoas, pelo país, e por incrível que pareça, em alguns casos, pela própria família.

Depois de tudo isso colocado, vem as perguntas de sempre. O que fazer? Sabemos os problemas, mas quais as soluções? Vamos abrir a discussão. Isso é um problema de gestão, onde o governo necessita fazer todos os levantamentos necessários e realizar de fato uma reforma previdenciária, visando pagar valores justos, criar políticas de aumento real, fornecer serviços hospitalares de primeiro nível e fornecer remédios de qualidade e com frequência. Empresas devem criar políticas de oportunidades para aposentados(as), que devem ser incentivadas também pelo governo. Famílias devem incentivar e ajudar aposentados(as) para o lazer e outras atividades, além de respeitá-los sempre, afinal são pessoas que tem um grande aprendizado e uma grande experiência para nos passar.

Além do problema de gestão, temos também um problema educacional, onde as pessoas não são preparadas no decorrer da vida tanto em casa como nas escolas, para envelhecer, para ter uma visão de futuro mais ampla e para respeitar os mais velhos e experientes.

Colocamos acima, apenas algumas sugestões, para a valorização desta classe abandonada e desvalorizada em nosso país. O país que não sabe direcionar seus jovens, não sabe desenvolver e encaminhar as pessoas mais experientes e não sabe cuidar e respeitar seus aposentados, não tem passado, não tem presente e não terá futuro. Pensem nisso e vamos ajudar a melhorar esta triste realidade.

Um grande abraço a todos.

Author: carlospires

Profissional graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário da FEI e Pós Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Experiência de 28 anos em atendimento ao cliente, sendo 21 anos em cargos de liderança, com forte atuação na Gestão dos Indicadores de Performance, Back-Office, Monitoria, SAC e Cobrança, atuando em empresas nacionais e multinacionais do segmento de call center e administração de cartão de crédito . Atuação junto aos segmentos varejistas em grandes lojistas. Responsável pela gestão de pessoas, processos e clientes, atuando em áreas operacionais e comerciais, com orientação para resultado. Conhecimento na gestão e implantação de Contact Center e Comercial Pós Venda, atuando no desenvolvimento de projetos, revisões de scripts operacionais, dimensionamento, implantações de novos clientes e produtos, liderando projetos de eficiência operacional, obtendo ótimos resultados em redução de despesas. Experiência em gestão e gerenciamento de crises nas redes sociais. Planejamento e preparação de treinamentos de atendimento, liderança, gestão e produtos. Ministrou e ministra diversos treinamentos referente aos temas acima citados. Participação na implantação e validação no processo da ISO 9000/9001. Palestrante no CRA-SP – A importância do atendimento ao cliente.

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