Reformulação e gestão, aprendendo com o vôlei
Toda a reformulação de uma equipe, seja ela no esporte, ou no meio empresarial, vem seguida de tempo para as adaptações necessárias, porém, muitos líderes de empresas não tem esta paciência e querem resultados expressivos imediatamente, claro que empresas vivem de resultados, como o esporte também, por isso, os líderes responsáveis por esta reformulação devem estar cientes do que é uma reformulação e como fazê-la.
No último fim de semana, acompanhamos a derrota da seleção masculina de vôlei para a Rússia na final da liga mundial, mais que depressa vieram as críticas, que além de infundadas eram totalmente descabíveis, pois ali estava uma seleção em reformulação e ainda desfalcada de Murilo, capitão e um dos melhores jogadores do mundo, afastado devido a uma cirurgia.
Claro que uma derrota nunca é boa, mas o Brasil entrou nesta liga mundial com um grupo totalmente reformulado, onde apenas 6 jogadores haviam disputado o último jogos olímpicos, ou seja, foi a primeira final deste grupo, que ainda tem muito para aprender e crescer, porém, mesmo assim, este grupo chegou a uma final, deixando para trás equipes como Estados Unidos, Polônia, Bulgária entre outros.
Esta derrota tornou-se mais amarga devido a derrota sofrida pelo Brasil na final dos jogos olímpicos de Londres para a mesma Rússia, caso contrário, teria sido uma derrota lamentada, mas normal.
Vejo então, principalmente no vôlei, um exemplo muito forte para o mundo empresarial, começando pela organização, passando pela forma de encarar os problemas e as dificuldades e terminando com a forma com que se entregam para atingir os objetivos, por isso, quando se tem um objetivo a alcançar e o caminho é bem planejado e organizado, você chega lá.
O vôlei sempre teve sua força, mais a partir de 1982, com o início de um forte planejamento, feito com muita organização e de forma séria, onde clubes e seleção se tornaram fortes, surgiram ali grandes atletas, como Bernard com seu saque jornada nas estrelas, o grande capitão William, com levantadas fantásticas e quase impossíveis, os notáveis Renan e Montanaro, o grande atacante de força Xandó entre outros, foi aí que o Brasil começou a dar o seu grande salto para o mundo, tornando-se uma escola que deteve e hegemonia deste esporte por anos, e ainda hoje, continua neste caminho, que agora divide com a Rússia, neste tempo, que já fazem 31 anos, foram revelados inúmeros jogadores, além dos citados acima, vieram ainda Marcelo Negrão, Maurício, Giovane, Tande, Carlão, Pampa, Giba, Nalbert, Rodrigão, Gustavo, Ricardinho, André Heller, Serginho, André Nascimento, Dante, Murilo entre outros vários.
Por isso, em toda a reformulação, devemos ter paciência e trabalhar com muito afinco, como citou Bernardinho, grande líder e um dos principais responsáveis por esta hegemonia.
Hoje temos várias gerações trabalhando juntas nas empresas, e isso é uma reformulação muito importante, que deve ser feita com muito tato, muita paciência, dedicação, responsabilidade e entrega, não se chega a um resultado por acaso, não se atinge os objetivos por sorte e nem nos tornamos os melhores por ser “puxa saco”, para se alcançar tudo isso, demanda-se muito trabalho, organização, paciência, dedicação, transparência e humildade.
Olhem para o vôlei, e tenham um aprendizado de como VENCER. Pensem nisso.
Um grande abraço.
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